quarta-feira, 21 de maio de 2014

Telexfree fala em "mutirão de devolução" no Brasil

"Diretor nega que empresa, acusada de ser pirâmide, continue em atividade no País"

              O braço da Telexfree no Brasil está trabalhando em um "mutirão de devolução" para quem investiu dinheiro no negócio, diz Carlos Roberto Costa, um dos diretores da empresa.

          Costa nega que a empresa,  bloqueada ante a acusação de ser uma pirâmide financeira, esteja em funcionamento, como foi denunciado pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, do último domingo (18).




A reportagem mostrou funcionários trabalhando no escritório da Telexfree em Vitória.

"Essas pessoas [no escritório da Telexfree] estavam trabalhando no mutirão da devolução. Elas não estão no atendimento do cliente até porque a Ympactus [razão social do braço brasileiro] está totalmente paralisada, cumprindo a liminar [de bloqueio]", disse Costa num vídeo publicada na noite de segunda-feira (19) numa rede social. 

             Segundo Costa, uma proposta de devolução do dinheiro aos divulgadores – como são chamadas as pessoas que investiram no negócio – deverá ser apresentada à Jutiça em breve. 

           O diretor da Telexfree também negou, novamente, que a empresa seja uma fachada para uma pirâmide financeira bilionária, como acusam autoridades brasileiras e americanas.

              James Merrill, um dos criadores da Telexfree, está preso nos Estados Unidos. Outro, o brasileiro Carlos Wanzeler, é considerado foragido. A Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) encontrou indícios de que o negócio levantou US$ 1,2 bilhão (R$ 2,7 bilhões) em todo o mundo.

             No Brasil, as contas da Telexfree receberam cerca de R$ 988 milhões, segundo as autoridades americanas.


Processo pede devolução e extinção de atividades

            O bloqueio às atividades da Telexfree foi determinado pela 2ª Vara Cível de Rio Branco em junho de 2013, a pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC).

     Em novembro do mesmo ano, os promotores propuseram um termo de ajustamento de conduta (TAC) pelo qual a Telexfree devolveria o dinheiro aos divulgadores e extinguiria suas atividades.

       Os representantes da empresa, entretanto, não aceitaram e, em janeiro, propuseram devolver o dinheiro contanto que pudessem dar continuidade ao negócio  – o que não é admitido pelos promotores.

             Uma ação do MP-AC que prevê a extinção da Telexfree e o ressarcimento dos divulgadores aguarda julgamento desde junho de 2013 na 2ª Vara Cível de Rio Branco. A Telexfree chegou a ser multada por atrapalhar o andamento do processo.

Fonte: Blog AçaiClauhs

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